Em muitos livros, artigos, sites, etc., lemos que a Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, alguns chegam a afirmar que é a única religião nascida no Brasil.
Primeiro devo confessar que não considero a Umbanda a única religião genuinamente brasileira, pois outras religiões nasceram em solo pátrio e aqui se desenvolveram com base em nossos costumes, crenças e cultura. Assim podemos afirmar que também são brasileiras: o Catimbó, o Santo Daime, algumas igrejas neopentecostais, e eu chego a afirmar que os Candomblés são brasileiros (não obstante terem uma raiz africana muito profunda). Isso não diminui a Umbanda, e sim demonstra que muitos são os caminhos que nos levarão à perfeição, e que os Orixás e assim Olorum (Deus) trabalharão para que cada indivíduo consiga achar o seu caminho para esta libertação.
Mas, independente de ser a única ou não, a Umbanda é brasileira, pois nasceu no Brasil, carrega em seu interior a essência dos brasileiros; a união dos povos (etnias), o respeito e a interação com a natureza, a miscigenação, o sincretismo de diversas crenças e religiões formando uma nova. A união do elemento africano, indígena, oriental e europeu traz para a Umbanda a história da formação do povo brasileiro.
Muitas vezes nos esquecemos desta união, deste sincretismo e queremos valorizar um em detrimento dos demais. Será que a Umbanda seria a nossa Umbandsa se retirássemos dela o elemento indígena? A força da pajelança?
Será que a Umbanda seria a mesma sem os conhecimentos mediúnicos e do mundo dos espíritos revelado por Allan Kardec?
Será que a Umbanda seria a mesma sem a presença do cristianismo, sem a figura iluminada e veneranda de Jesus Cristo? Será que nós umbandistas conheceríamos um caminho de amor ao próximo sem Jesus para nos ensinar?
E o que seria da Umbanda sem os Orixás? Sem Ogum? Sem Yemanjá? Sem Exu? Sem a força, o entendimento da vida e da morte dos africanos? Sem Omolu?
Essas perguntas só ilustram como a Umbanda é plena pela união dessas culturas e religiões. Vamos valorizar cada uma de nossas raízes, buscar conhecê-las cada vez mais.
Por isso catalogar a Umbanda como uma religião afro-brasileira está corretíssimo, e nós temos que entender isto, aceitar e mais do que tudo gostar disto. Eu não abro mão da minha raiz negra!
Buscando nas palavras do poeta Vinícius de Moraes uma inspiração:
"Eu sou o branco mais negro do Brasil, um branco de alma de negro!"
Por tudo isto não podemos aceitar que adormeça em nosos pensamentos idéias ou concepções de racismo, discriminação ou preconceito. Pois caso isto ocorra estamos contradizendo a nossa própria fé!
Saravá os africanos, os indígenas, os brancos, os orientais, salve todos os povos, salve a nossa Umbanda!
Primeiro devo confessar que não considero a Umbanda a única religião genuinamente brasileira, pois outras religiões nasceram em solo pátrio e aqui se desenvolveram com base em nossos costumes, crenças e cultura. Assim podemos afirmar que também são brasileiras: o Catimbó, o Santo Daime, algumas igrejas neopentecostais, e eu chego a afirmar que os Candomblés são brasileiros (não obstante terem uma raiz africana muito profunda). Isso não diminui a Umbanda, e sim demonstra que muitos são os caminhos que nos levarão à perfeição, e que os Orixás e assim Olorum (Deus) trabalharão para que cada indivíduo consiga achar o seu caminho para esta libertação.
Mas, independente de ser a única ou não, a Umbanda é brasileira, pois nasceu no Brasil, carrega em seu interior a essência dos brasileiros; a união dos povos (etnias), o respeito e a interação com a natureza, a miscigenação, o sincretismo de diversas crenças e religiões formando uma nova. A união do elemento africano, indígena, oriental e europeu traz para a Umbanda a história da formação do povo brasileiro.
Muitas vezes nos esquecemos desta união, deste sincretismo e queremos valorizar um em detrimento dos demais. Será que a Umbanda seria a nossa Umbandsa se retirássemos dela o elemento indígena? A força da pajelança?
Será que a Umbanda seria a mesma sem os conhecimentos mediúnicos e do mundo dos espíritos revelado por Allan Kardec?
Será que a Umbanda seria a mesma sem a presença do cristianismo, sem a figura iluminada e veneranda de Jesus Cristo? Será que nós umbandistas conheceríamos um caminho de amor ao próximo sem Jesus para nos ensinar?
E o que seria da Umbanda sem os Orixás? Sem Ogum? Sem Yemanjá? Sem Exu? Sem a força, o entendimento da vida e da morte dos africanos? Sem Omolu?
Essas perguntas só ilustram como a Umbanda é plena pela união dessas culturas e religiões. Vamos valorizar cada uma de nossas raízes, buscar conhecê-las cada vez mais.
Por isso catalogar a Umbanda como uma religião afro-brasileira está corretíssimo, e nós temos que entender isto, aceitar e mais do que tudo gostar disto. Eu não abro mão da minha raiz negra!
Buscando nas palavras do poeta Vinícius de Moraes uma inspiração:
"Eu sou o branco mais negro do Brasil, um branco de alma de negro!"
Por tudo isto não podemos aceitar que adormeça em nosos pensamentos idéias ou concepções de racismo, discriminação ou preconceito. Pois caso isto ocorra estamos contradizendo a nossa própria fé!
Saravá os africanos, os indígenas, os brancos, os orientais, salve todos os povos, salve a nossa Umbanda!